Cerca de 150 professores e técnicos discutiram, junto da Secretaria de Estado da Educação, as vivências da modalidade nas comunidades do estado.

O Governo do Amapá realizou nesta sexta-feira, 1º, o Encontro Pedagógico 2025 do Sistema Modular de Ensino (Some), reunindo cerca de 150 professores e técnicos educacionais. O evento promoveu a formação e escuta ativa das vivências nos territórios ribeirinhos, indígenas, quilombolas, além de áreas rurais e extrativistas do estado.
Trazendo o tema “Onde há encontro, há território vivo: escutar, acolher e seguir com os saberes do caminho”, a atividade contou com roda de conversa e dinâmicas que abordaram a modalidade de ensino visando melhorias futuras, além de valorizar os profissionais que levam o ensino até as áreas mais longínquas do Amapá. O encontro foi uma iniciativa da Unidade de Ensino Fundamental Modular da Secretaria de Estado da Educação (Seed).


“Queremos fortalecer a parte pedagógica, queremos nos aproximar dos nossos gestores para que a Seed possa dar respostas aos gestores, os gestores aos nossos pedagogos e esses para a comunidade. Então, a gente quer trabalhar essas relações para que problemas possam ser sanados e que os nossos alunos possam ter, não só nesse ano, mas em todos os anos, dias letivos com progressão estável, que a gente possa estar contemplando aquilo que é necessário trabalhar com os nossos alunos”, explica a secretária adjunta de Políticas Públicas Educacionais da Seed, Daniele Dias.
Um dos profissionais da educação participantes do Encontro Pedagógico foi o professor Adenilton Tolosa, que nos próximos dias iniciará sua atuação na comunidade Bom Jesus dos Fernandes, no município de Tartarugalzinho. Para ele, é importante esse momento de acolhimento e escuta.

“Eu já estou no sistema modular há três anos, e ele é fundamental para as comunidades. Então, a gente faz esse trabalho de levar o ensino de qualidade aos lugares mais distantes do nosso estado. E esse encontro é bem importante porque a gente tem esses momentos de troca de ideia, de compartilhar experiências, isso aí é fundamental para um bom trabalho. No nosso dia a dia, a gente só agrega conhecimentos, porque cada comunidade tem suas particularidades, e atuamos de acordo com a necessidade de cada localidade”, afirma Adenilton.
A professora Nilza Rabelo, que irá lecionar língua portuguesa na comunidade de Terra Firme, também em Tartarugalzinho, afirma que eventos como esse contribuem para o desenvolvimento da modalidade no estado, beneficiando os profissionais da educação, mas, principalmente, os estudantes e populações das águas, campos e florestas.

“Essa modalidade, de uns anos para cá, tem melhorado. Essas discussões dão suporte para que cada um de nós, professores, possamos levar melhorias às comunidades. O ensino modular melhorou muito, mas ainda tem o que se fazer em relação a ele. Então, a expectativa é que esses encontros sirvam para melhorar ainda mais a nossa maneira de trabalhar, de comunicar com nossos alunos dos interiores”, diz a professora.