O Vaticano confirmou oficialmente na manhã desta segunda-feira (21) a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano. O pontífice, nascido Jorge Mario Bergoglio, faleceu às 7h35 (horário de Roma) após semanas de agravamento em seu estado de saúde. Francisco foi o 266º papa da Igreja Católica e o primeiro pontífice latino-americano, além de ser o primeiro jesuíta a ocupar o trono de São Pedro. Ele assumiu o papado em 13 de março de 2013, após a renúncia histórica de Bento XVI. Durante seus 12 anos de pontificado, ficou marcado por sua humildade, proximidade com os pobres, apelo à paz e por buscar uma Igreja mais aberta, dialogal e acolhedora. Nos últimos meses, o papa enfrentava problemas respiratórios e uma pneumonia bilateral, que o levou a uma internação prolongada entre fevereiro e março. Mesmo após a alta, sua saúde permaneceu frágil. Sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, 20 de abril, quando participou da missa na Praça de São Pedro e concedeu a tradicional bênção “Urbi et Orbi”. Com a morte do papa, tem início o período conhecido como “sede vacante”, em que a liderança da Igreja Católica fica temporariamente sem um pontífice. O camerlengo do Vaticano, cardeal Kevin Farrell, será responsável por conduzir os preparativos para o conclave, que elegerá o novo Papa nas próximas semanas. O corpo do Papa Francisco será velado na Basílica de São Pedro e, nos próximos dias, será realizado o funeral solene, com a presença de chefes de Estado, líderes religiosos e milhares de fiéis de todo o mundo. A morte de Francisco marca o fim de um papado transformador, que buscou aproximar a Igreja das periferias, do diálogo inter-religioso e das causas sociais mais urgentes do século XXI.
